Como criar uma execução eficaz em apenas 4 passos

Catarina CorreiaHead of Marketing & Communication na CEGOC

No livro “The 4 Disciplines of Execution: Achieving Your Wildly Important Goals”, os autores Chris McChesney, Sean Covey, Jim Huling e Bill Moraes apresentam uma série de casos de estudo e um conjunto de práticas testadas e aperfeiçoadas por centenas de organizações e milhares de equipas nos últimos anos que resultam numa fórmula simples e mundialmente comprovada – as 4 Disciplinas da Execução.

Segundo um estudo de 2016 levado a cabo pela Bridges Business Consultancy, 67% dos líderes admitem que a maior parte das suas estratégias de negócio falham devido a uma capacidade de execução deficitária. Também 70% dos gestores admitem não conseguir implementar mudanças nas empresas onde trabalham devido à resistência dos seus colaboradores e à falta de um alinhamento coletivo e envolvente, refere outra investigação da McKinsey.

 

Dados como estes recordam-nos que, há precisamente um mês, e na qualidade de orador internacional convidado para o Business Transformation Summit, Chris McChesney fazia uso de toda a sua experiência adquirida na Franklin Covey e nas inúmeras organizações de renome com que trabalhou, incluindo a Shaw Industries, a Kroger Supermarkets, a Coca-Cola, a Home Depot ou a Northrop Grumman, para mostrar como podem as empresas alcançar melhores resultados através de uma melhor execução das suas estratégias.

Executar metas e objetivos críticos é, efetivamente, um dos maiores dos desafios que as organizações enfrentam na atualidade – dada a existência de um “redemoinho” envolvente, que inclui planos estratégicos já predefinidos, a rotina desenfreada do dia a dia à qual se junta a falta de priorização das tarefas e o surgimento de planos de emergência que precisam ser ativados… Um conjunto de fatores que impedem as empresas de vislumbrar e definir um foco claro de prioridades. No entanto, “a capacidade de criar foco dentro de uma organização é um componente raro, mas essencial para o sucesso do negócio”, no entender de McChesney.

“As culturas podem ser muito diferentes, mas somos muito semelhantes enquanto pessoas”

Para criar uma Cultura de Execução, Chris McChesney sugere a implementação de 4 Disciplinas que requerem mudanças de comportamento significativas para líderes e equipas, mas que uma vez implementadas servirão para institucionalizar uma abordagem comum e com resultados imediatamente visíveis, para todos os que trabalham numa organização:

Disciplina 1

A primeira disciplina destaca a capacidade de manter o foco naquilo que é verdadeiramente crítico e importante, pois uma execução excecional requer prioridades filtradas e a definição do que é verdadeiramente crucial e estratégico para a organização.

Disciplina 2

A segunda disciplina atua nos indicadores de progresso. Porquê? Porque 20% das atividades produzem 80% dos resultados e estas devem ser identificadas e transformadas em ações individuais. O direcionamento do trabalho e a sua evolução para a conquista da meta também deverão ser monitorizados.

Disciplina 3

A terceira disciplina assenta na manutenção de um scoreboard mobilizador (tal como acontece nos jogos desportivos), pois as pessoas e as equipas mostram-se mais motivadas e envolvidas quando têm registo do seu progresso, e um scoreboard pode ser o caminho mais simples para a mobilização em direção ao sucesso.

Disciplina 4

A quarta e última disciplina sublinha a importância da criação de uma cadeia de responsabilização, já que “as organizações terão melhores executantes em culturas onde a corresponsabilização é instituída”. Assim, pessoas e equipas são envolvidas numa reunião semanal que destaca sucessos, analisa e corrige falhas, criando um verdadeiro sistema de gestão de performance.

Ensinar estas 4 Disciplinas de Execução aos gestores não é, contudo, suficiente, garante McChesney. É preciso também ensinar os gestores a transferirem eficazmente estas disciplinas para as suas equipas de uma forma envolvente. Só assim será possível que todos dentro da organização sigam os mesmos objetivos claros, alinhados e com potencial para alcançar resultados exponenciais.

Aproveite para ver ou rever os melhores momentos do Business Transformation Summit 2018 em vídeo, com a presença de Chris McChinsney:

Escrito por

Catarina Correia

Com mais de 16 anos de experiência na área de Marketing e Comunicação, sou uma entusiasta do marketing digital, com uma paixão especial por geração de leads e análise de resultados.

Atualmente, como Head of Marketing & Communication na Cegoc, dedico-me a criar estratégias que não só elevam a marca, mas também enriquecem as experiências de aprendizagem.

No centro do meu trabalho está a vontade de conectar, educar e inspirar através de estratégias de marketing bem pensadas e comunicação autêntica. Acredito firmemente que um marketing eficaz pode, e deve, servir como um catalisador para a aprendizagem contínua e desenvolvimento pessoal e profissional. Em cada projeto que abraço, procuro inovar e trazer novas perspetivas que possam não apenas atingir os objetivos de marketing, mas também enriquecer o setor de L&D com insights frescos e relevantes.

Este é o desafio que me mantém motivada e em constante busca por novas aprendizagens e melhores práticas na interseção entre Marketing, Comunicação e Formação.

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