Soft Skills: a revolução das competências do futuro está em curso

Fátima GonçalvesHead of Talent & Inovation Head of Learning & Development Solutions at CEGOC
desenvolver-soft-skills-para-o-futuro

Soft Skills: a revolução das competências do futuro está em curso

Fátima GonçalvesHead of Talent & Inovation Head of Learning & Development Solutions at CEGOC
desenvolver-soft-skills-para-o-futuro

 

O mundo em que vivemosencontra-se em constante mutação, é inegável. No entanto, seria demasiadoredutor acreditar que os avanços ao nível da tecnologia digital são o únicofator de mudança e transformação a que assistimos na Economia 4.0. As relaçõeslaborais emergentes, os modelos de economia de partilha, a procura pelotrabalho com significado e propósito, o desenvolvimento da inteligênciacoletiva e o despertar de uma consciência global ambiental são alteraçõesigualmente profundas e com forte impacto em termos de empregabilidade, Re-skilling e Up-skilling das pessoas nas organizações.

 

As soft skills tornaram-se os ativos mais procurados pelos recrutadores, posicionando-se hoje à frente das competências exclusivamente técnicas e dos conhecimentos especializados inerentes a cada área de negócio.

 

Como resultado desta nova “guerra pelo talento”, os colaboradores mudam de área profissional e de empresa várias vezes ao longo da sua carreira; as profissões altamente especializadas e de competências únicas estão em declínio; ao mesmo tempo que os colaboradores são desafiados a adquirir e a garantir todo um novo leque de soft skills transversais (que incluem competências comportamentais, sociais, emocionais e outras inerentes ao seu próprio ramo de atuação profissional) determinantes para o sucesso da sua performance individual e coletiva.

 

Para as organizações, este novo paradigma traduz-se na necessidade exponencial de conseguirem atrair, desenvolver e reter os melhores talentos do mercado, aqueles capazes de operar nesta nova realidade – um desafio que passa também por consciencializar, incentivar e desenvolver nos seus colaboradores uma cultura de aprendizagem personalizada e conceber uma estratégia de (trans)formação dentro do ecossistema onde se inserem.

Neste contexto, torna-se crucial definir e desenhar uma nova abordagem à formação profissional necessária para que pessoas e tecnologia digital trabalhem em conjunto de forma ágil, inteligente e eficaz. Uma abordagem personalizada, flexível, inovadora e mobilizadora que tenha como premissas fundamentais:

  • À medida que as tecnologias evoluem, os aspetos “mais humanos” do trabalho e as competências que lhe estão associadas serão cada vez mais importantes e valorizados (cooperação, criatividade, liderança, trabalho de equipa, empreendedorismo…);
  • A interação humana é, e vai continuar a ser, crucial para uma aprendizagem sólida (sessões em sala, coaching, aprendizagem entre pares, o apoio na transferência da aprendizagem para o contexto real de trabalho, orientação das chefias diretas…);
  • Num mundo onde será cada vez mais necessário aprender, reaprender a aprender, a nossa missão, enquanto entidade formadora, passa por incrementar a aquisição e a transferência das competências para contexto real de trabalho através de percursos de aprendizagem eficazes, envolventes (que integrem também os recursos digitais mais inovadores) e com um impacto mensurável e duradouro.

 

Charles Darwin acreditava que “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”.

 

Este pensamento continua a aplicar-se à revolução que hojeatravessamos quando falamos em competências – são as soft skills interpessoais, situacionais e emocionais que as máquinas e a inteligência artificial não podem substituir que ajudam as organizações e as suas pessoas a lidar com a incerteza, a complexidade e a imprevisibilidade do mundo que as rodeia. 

As perguntas que ficam são as seguintes: Já estamos todos a trabalhar a nível individual e organizacional para antecipar e simplificar estas mudanças de grande alcance? Ou vamos ficar simplesmente à espera de lidar com as consequências?

 

* Este artigo foi originalmente publicado na revista Human.

Escrito por

Fátima Gonçalves

Licenciada em Psicologia pelo ISPA (pré-Bolonha). Mestrado Integrado em Psicologia (pós-Bolonha).Consultora Gestora de Projetos nas áreas de Desenvolvimento Pessoal; Comunicação e Técnicas de Expressão; Liderança e Desenvolvimento de equipas; Responsável pela área de Formação Pedagógica de Formadores. Certificação em Coaching pela Escola Europeia de Coaching (programa homologado pela ICF);Formadora Certificada para produtos FranklinCovey;Certified Executive Coach pela FranklinCovey/Columbia University Executive – Coach Certification Program (Salt Lake City – EUA).
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O mundo em que vivemosencontra-se em constante mutação, é inegável. No entanto, seria demasiadoredutor acreditar que os avanços ao nível da tecnologia digital são o únicofator de mudança e transformação a que assistimos na Economia 4.0. As relaçõeslaborais emergentes, os modelos de economia de partilha, a procura pelotrabalho com significado e propósito, o desenvolvimento da inteligênciacoletiva e o despertar de uma consciência global ambiental são alteraçõesigualmente profundas e com forte impacto em termos de empregabilidade, Re-skilling e Up-skilling das pessoas nas organizações.

 

As soft skills tornaram-se os ativos mais procurados pelos recrutadores, posicionando-se hoje à frente das competências exclusivamente técnicas e dos conhecimentos especializados inerentes a cada área de negócio.

 

Como resultado desta nova “guerra pelo talento”, os colaboradores mudam de área profissional e de empresa várias vezes ao longo da sua carreira; as profissões altamente especializadas e de competências únicas estão em declínio; ao mesmo tempo que os colaboradores são desafiados a adquirir e a garantir todo um novo leque de soft skills transversais (que incluem competências comportamentais, sociais, emocionais e outras inerentes ao seu próprio ramo de atuação profissional) determinantes para o sucesso da sua performance individual e coletiva.

 

Para as organizações, este novo paradigma traduz-se na necessidade exponencial de conseguirem atrair, desenvolver e reter os melhores talentos do mercado, aqueles capazes de operar nesta nova realidade – um desafio que passa também por consciencializar, incentivar e desenvolver nos seus colaboradores uma cultura de aprendizagem personalizada e conceber uma estratégia de (trans)formação dentro do ecossistema onde se inserem.

Neste contexto, torna-se crucial definir e desenhar uma nova abordagem à formação profissional necessária para que pessoas e tecnologia digital trabalhem em conjunto de forma ágil, inteligente e eficaz. Uma abordagem personalizada, flexível, inovadora e mobilizadora que tenha como premissas fundamentais:

  • À medida que as tecnologias evoluem, os aspetos “mais humanos” do trabalho e as competências que lhe estão associadas serão cada vez mais importantes e valorizados (cooperação, criatividade, liderança, trabalho de equipa, empreendedorismo…);
  • A interação humana é, e vai continuar a ser, crucial para uma aprendizagem sólida (sessões em sala, coaching, aprendizagem entre pares, o apoio na transferência da aprendizagem para o contexto real de trabalho, orientação das chefias diretas…);
  • Num mundo onde será cada vez mais necessário aprender, reaprender a aprender, a nossa missão, enquanto entidade formadora, passa por incrementar a aquisição e a transferência das competências para contexto real de trabalho através de percursos de aprendizagem eficazes, envolventes (que integrem também os recursos digitais mais inovadores) e com um impacto mensurável e duradouro.

 

Charles Darwin acreditava que “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”.

 

Este pensamento continua a aplicar-se à revolução que hojeatravessamos quando falamos em competências – são as soft skills interpessoais, situacionais e emocionais que as máquinas e a inteligência artificial não podem substituir que ajudam as organizações e as suas pessoas a lidar com a incerteza, a complexidade e a imprevisibilidade do mundo que as rodeia. 

As perguntas que ficam são as seguintes: Já estamos todos a trabalhar a nível individual e organizacional para antecipar e simplificar estas mudanças de grande alcance? Ou vamos ficar simplesmente à espera de lidar com as consequências?

 

* Este artigo foi originalmente publicado na revista Human.

Escrito por

Fátima Gonçalves

Licenciada em Psicologia pelo ISPA (pré-Bolonha). Mestrado Integrado em Psicologia (pós-Bolonha).Consultora Gestora de Projetos nas áreas de Desenvolvimento Pessoal; Comunicação e Técnicas de Expressão; Liderança e Desenvolvimento de equipas; Responsável pela área de Formação Pedagógica de Formadores. Certificação em Coaching pela Escola Europeia de Coaching (programa homologado pela ICF);Formadora Certificada para produtos FranklinCovey;Certified Executive Coach pela FranklinCovey/Columbia University Executive – Coach Certification Program (Salt Lake City – EUA).
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