Coach Interno e Coach Externo: quais as diferenças?
Recentemente, a Internacional Coach Federation (ICF) publicou um estudo com o objetivo de determinar quais os elementos mais importantes para o coaching interno comparativamente ao coaching externo, igualmente concluindo quanto às diferenças no foco de cada uma das práticas.
Primeiramente, atentemos naquilo que distingue o coaching interno face ao coaching externo.
Quando a prática de coaching é exercida dentro de uma organização, em exclusivo benefício da empresa, e por um membro desta (por exemplo, por um responsável da equipa ou gestor), denomina-se de coaching interno.
São cada vez mais as empresas que aderem ao coaching interno. Implementam-no de forma estruturada, através da qualificação de profissionais da organização, que demonstrem aptidão para desenvolverem, posteriormente, competências inerentes ao coaching. Para o efeito, na implementação de um programa de coaching interno, as empresas devem recorrer a formação qualificada.
A Escola de Coaching Executivo da CEGOC permite a certificação de coaches profissionais, dispondo de formação necessária à implementação de processos de coaching dentro de uma empresa.
Por outro lado, a prática de coaching externo é exercida por um profissional qualificado, contratado em regime de outsourcing e que, por sua vez, presta serviços externos a várias outras entidades e demais indivíduos.
Não obstante a contratação de um coach externo estar associada a inúmeros benefícios, a implementação de um programa de coaching interno pode eventualmente gerar um impacto mais positivo a médio e longo prazo. A isto se deve o facto de as aprendizagens de coaching, ao serem adquiridas por determinados membros da organização, poderem difundir-se mais facilmente na cultura da empresa.
Segundo o estudo da ICF, para o coach externo, o cliente é o foco de todo o seu trabalho. Na perspetiva do coach interno, o cliente ocupa, de igual modo, um papel fundamental no desempenho das suas tarefas. Contudo, o aspeto mais importante é garantir o alinhamento das práticas de coaching com a estratégia e os objetivos da organização, obtendo, para o efeito, apoio de cargos superiores da empresa.
De acordo com o estudo, as tarefas administrativas são consideradas menos importantes para o coaching externo.
De entre os aspetos mais importantes para os profissionais de coaching externo, destacam-se a inteligência emocional, as competências core da ICF, os princípios do coaching, o código de ética da ICF, capacidade de ouvir ativamente, o exercício do coaching e a comunicação.
Por sua vez, os profissionais de coaching interno atribuem elevada importância ao suporte e ao apoio que recebem por parte de cargos superiores, mas também à existência de recursos e ao alinhamento destes com a estratégia e os objetivos da empresa.
Segundo a pesquisa, o coach interno considera de maior importância: conhecer a situação estratégica da empresa, assegurar recursos e apoios à atividade, estabelecer quais as funções do coaching e garantir o alinhamento das equipas e das tarefas com a estratégia.
O coach interno procura, ainda, atingir níveis adequados de eficiência e envolver, na cultura do coaching, cargos superiores da empresa.
Independentemente de um profissional certificado exercer coaching externo ou interno, o foco será, invariavelmente, ouvir ativamente, comunicar de forma eficiente, construir relações de confiança e obter resultados. A prática de coaching mais adequada variará conforme a estrutura e as necessidades de cada empresa.