Psicologia e Coaching
Psicologia e Coaching
No que às pessoas e ao seu desenvolvimento diz respeito, tenho verificado que surgem algumas ideias pouco claras. Quando o tema se refere, por exemplo, a Psicologia e Coaching, há ainda mais dúvidas sobre o que os une ou o que os separa. Começo pelo que os separa.
A Psicologia trabalha o gap entre o estado atual em que o cliente se encontra (frequentemente partindo de um ponto de desequilíbrio, que não significa doença) e o estado que precisa de alcançar para poder estar em equilíbrio, consigo e com o seu contexto.
Por exemplo, se uma pessoa tem picos de ansiedade num certo contexto, a psicologia pode ajudar a pessoa a perceber o que é a ansiedade, por que razões se manifesta e com que indicadores, que elementos pessoais ou contextuais facilitam o seu aparecimento, como lidar com ela quando surge e de que forma se podem criar condições para que não surja. Assim, trabalhando a pessoa e o seu contexto, desenvolvemos cognição, ajustamos emoção e promovemos comportamento, ajudando a pessoa a aproximar-se do tal ponto de equilíbrio, em que a ansiedade já não impacta o seu bem-estar na mesma medida que impactava e tenderá a impactar cada vez menos, podendo mesmo anular-se.
O Coaching trabalha o gap entre o estado atual em que o cliente se encontra (frequentemente partindo de um ponto de equilíbrio), o potencial que nele está contido e o que o cliente deseja alcançar.
Por exemplo, se uma pessoa quer ser melhor líder no seu trabalho, o Coach vai orientar um processo no qual o cliente irá, entre outros, refletir sobre as suas limitações e mais-valias atuais, as ações possíveis de implementar, por onde começar e que objetivos permitirão aferir a sua concretização.
Assim, conduzindo um processo de mudança orientado por um plano de ação com objetivos que o cliente definiu, ajudamos a pessoa a ficar mais perto dos resultados relativos ao estado desejado.
Agora, o que os une
Podem naturalmente surgir várias reflexões e questões sobre este assunto. Antecipo duas possíveis e as respetivas respostas.
- Poderá a Psicologia trabalhar o gap entre o estado atual e o estado desejado, mas partindo de um estado de equilíbrio?
Sim, poderá, desde que o foco da intervenção de Psicologia sejam os processos mentais (cognição, emoção) e comportamento da pessoa. Por exemplo, para ser melhor líder, uma pessoa pode precisar de melhorar a sua autoestima mas nunca sentiu que isso fosse um problema. Desenvolvendo a autoestima poderá potenciar o seu comportamento e as suas relações, dentro e fora do contexto de trabalho. Partiu de um estado atual de equilíbrio, trabalhou sobre uma área de melhoria e chegou a um estado desejado - Poderá o Coaching trabalhar o gap entre o estado atual e o estado desejado, mas partindo de um estado de desequilíbrio?
Sim, poderá, mas com cuidados especiais. Se esse estado de desequilíbrio for acentuado, por questões de ordem psicológica e puser em causa o regular funcionamento da pessoa e das suas relações, o que o Coach deve fazer é encaminhar para um profissional especializado em função da situação. Por outro lado, se o estado de desequilíbrio for reduzido ou devido a questões não exclusivamente de ordem psicológica, o Coach pode intervir com a pessoa e ser bastante útil.
É por isso que muitas vezes não se trata de Psicologia ou Coaching, mas sim Psicologia e Coaching. Como diz a música, “muito mais é o que nos une, que aquilo que nos separa”. E o que nos une são as pessoas. Se estivermos ao serviço das pessoas e as pusermos sempre em primeiro lugar, saberemos decidir até onde podemos ir e de onde não devemos passar.
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A Psicologia trabalha o gap entre o estado atual em que o cliente se encontra (frequentemente partindo de um ponto de desequilíbrio, que não significa doença) e o estado que precisa de alcançar para poder estar em equilíbrio, consigo e com o seu contexto.
Por exemplo, se uma pessoa tem picos de ansiedade num certo contexto, a psicologia pode ajudar a pessoa a perceber o que é a ansiedade, por que razões se manifesta e com que indicadores, que elementos pessoais ou contextuais facilitam o seu aparecimento, como lidar com ela quando surge e de que forma se podem criar condições para que não surja. Assim, trabalhando a pessoa e o seu contexto, desenvolvemos cognição, ajustamos emoção e promovemos comportamento, ajudando a pessoa a aproximar-se do tal ponto de equilíbrio, em que a ansiedade já não impacta o seu bem-estar na mesma medida que impactava e tenderá a impactar cada vez menos, podendo mesmo anular-se.
O Coaching trabalha o gap entre o estado atual em que o cliente se encontra (frequentemente partindo de um ponto de equilíbrio), o potencial que nele está contido e o que o cliente deseja alcançar.
Por exemplo, se uma pessoa quer ser melhor líder no seu trabalho, o Coach vai orientar um processo no qual o cliente irá, entre outros, refletir sobre as suas limitações e mais-valias atuais, as ações possíveis de implementar, por onde começar e que objetivos permitirão aferir a sua concretização.
Assim, conduzindo um processo de mudança orientado por um plano de ação com objetivos que o cliente definiu, ajudamos a pessoa a ficar mais perto dos resultados relativos ao estado desejado.
Agora, o que os une
Podem naturalmente surgir várias reflexões e questões sobre este assunto. Antecipo duas possíveis e as respetivas respostas.
- Poderá a Psicologia trabalhar o gap entre o estado atual e o estado desejado, mas partindo de um estado de equilíbrio?
Sim, poderá, desde que o foco da intervenção de Psicologia sejam os processos mentais (cognição, emoção) e comportamento da pessoa. Por exemplo, para ser melhor líder, uma pessoa pode precisar de melhorar a sua autoestima mas nunca sentiu que isso fosse um problema. Desenvolvendo a autoestima poderá potenciar o seu comportamento e as suas relações, dentro e fora do contexto de trabalho. Partiu de um estado atual de equilíbrio, trabalhou sobre uma área de melhoria e chegou a um estado desejado - Poderá o Coaching trabalhar o gap entre o estado atual e o estado desejado, mas partindo de um estado de desequilíbrio?
Sim, poderá, mas com cuidados especiais. Se esse estado de desequilíbrio for acentuado, por questões de ordem psicológica e puser em causa o regular funcionamento da pessoa e das suas relações, o que o Coach deve fazer é encaminhar para um profissional especializado em função da situação. Por outro lado, se o estado de desequilíbrio for reduzido ou devido a questões não exclusivamente de ordem psicológica, o Coach pode intervir com a pessoa e ser bastante útil.
É por isso que muitas vezes não se trata de Psicologia ou Coaching, mas sim Psicologia e Coaching. Como diz a música, “muito mais é o que nos une, que aquilo que nos separa”. E o que nos une são as pessoas. Se estivermos ao serviço das pessoas e as pusermos sempre em primeiro lugar, saberemos decidir até onde podemos ir e de onde não devemos passar.