Gestão de Crise: visão geral da responsabilidade dos RH

Maria João CeitilManaging Director FranklinCovey PT | Head of Integrated Solutions Cegoc

A função RHdesempenha um papel fundamental na gestão adequada de uma crise empresarial.Qualquer que seja o modelo organizacional de uma empresa ou instituição, afunção RH tem de lidar com a Gestão de Crises assumindo a responsabilidade decontribuir para a compreensão da crise do ponto de vista da produtividade,bem-estar e saúde dos trabalhadores.

Quer se trate de um acontecimento meteorológico ou ambiental com elevado impacto (por exemplo, terramotos) ou de ameaças à segurança, saúde e bem-estar dos colaboradores, os profissionais de RH não podem eximir-se à responsabilidade pela comunicação e formação, que inevitavelmente fazem parte da execução de qualquer plano de emergência. A razão é simples: a gestão correta da crise está intimamente relacionada com o bem-estar dos colaboradores, a fiabilidade da gestão e a credibilidade da marca.

Mindset de crise: estar preparado para a ação

No entanto, é necessário ter a mentalidade de crise correta, entendida como a capacidade de pensar no pior cenário possível, a fim de preparar numerosas soluções alternativas, que podem ser declinadas de acordo com a evolução real do fenómeno adverso. É necessário agir antecipadamente, com a consciência de que alguns acontecimentos não são evitáveis, mas só podem ser combatidos. As pessoas que operam em ambientes organizacionais complexos (como as multinacionais) devem estar preparadas para reagir rapidamente e de forma não prevista a emergências que possam afetar o seu ambiente de trabalho.

Ao mesmo tempo, muitas empresas enfrentam uma situação de emergência cuja gestão adequada requer competência, racionalidade e dedicação.

Orientações: visão geral

Numa situação de emergência, os profissionais de RH devem ter em mente que, em parceria com outros agentes da organização, devem ser capazes de:

  • Compreender que restrições externas (por
    exemplo, leis extraordinárias, instruções de segurança pública) devem ser
    respeitadas;
  • Recolher a informação ambiental correta
    (mercado, sistema social) para compreender as tendências e cenários futuros;
  • Desenhar cenários progressivos a dois
    níveis: otimista e severo;
  • Reavaliar se o plano de ação padrão já
    presente na empresa é adequado ou exige adaptação;
  • Conhecer os métodos para uma adaptação dos
    processos internos (num cenário mais otimista ou mais severo);
  • Desenhar o plano de ação, tendo em conta a
    gestão de emergência e pós-emergência;
  • Desenvolver planos de comunicação interna
    e externa que promovam um alinhamento comportamental adequado e uma gestão da
    ansiedade.

A função RH deveequilibrar cuidadosamente pelo menos dois níveis: manter a produtividade paraassegurar a sobrevivência da empresa e garantir um ambiente operacional seguroe inclusivo para os trabalhadores.

Escrito por

Maria João Ceitil

Detentora de uma vasta experiência como Consultora e Formadora nos domínios de Gestão de Recursos Humanos, Gestão da Performance Organizacional e Executive Coach.

Ao nível da formação superior, possui um Mestrado Integrado em Psicologia Clínica pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), um Mestrado em Gestão do Potencial Humano pelo Instituto Superior de Gestão (ISEG) e uma Pós-Graduação em Gestão dos Recursos Humanos, na Perspectiva da Gestão com as Pessoas, pela Universidade Lusófona.

Possui também diversas certificações e formações, nomeadamente a Certificação em Executive Coaching pela Escola Europeia de Coaching de Lisboa, a certificação em Dynamic Coaching pela Go4 Consulting e a Formação Pedagógica Inicial de Formadores pela CEGOC.

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