Se é Gestor RH e acha que a Comunicação Interna não tem nada a ver consigo – NÃO LEIA ESTE ARTIGO, P.F.!.. (Conclusão)

António Luís LopesTécnico Sénior – Área de Suporte Corporativo

No nosso anterior artigo escrevemos o seguinte: “Comunicar, comunicar, comunicar! É isso que um profissional de RH necessita de fazer constantemente, desde a divulgação da Missão, da Cultura e do projeto de empresa, enquanto fatores de atração e retenção de Talento, passando pelas entrevistas de Seleção de novos elementos, apresentação de projetos de mudança organizacional, entrevistas de avaliação de desempenho e todo um conjunto de situações em que será necessário recorrer (e praticar) processos (alguns deles complexos) de Comunicação.

 

O gestor RH deverá estar disponível para contribuir para o desenvolvimento de uma identidade assente em significados e estabelecer um quadro de referência comum a todos os colaboradores.

Necessitará, ainda, de estar atento aos processos de trocas de informação na organização, intervindo nas “redes” das relações comunicacionais (de forma a maximizar a partilha de significados) e fomentando processos de comunicação interna que visem a transparência e a difusão de Conhecimento.”

E acrescentámos:

“Para que tudo isto possa ser inserido na estratégia delineada para os RH e executado com profissionalismo e rigor, parece-me que, cada vez mais, é sentida a necessidade de existir uma “área” dedicada às questões de Comunicação no âmbito dos departamentos RH.

 

Esta “área” deverá integrar profissionais com ampla experiência na gestão de Pessoas, mas também com conhecimentos e motivação para desenvolverem planos e atividades de Comunicação dirigidos a todos os colaboradores da empresa.”

- Como “estruturar” esta área?
- Que meios utilizar, preferencialmente?
- Que responsabilidades partilhar?
- Os principais eixos a considerar deverão ser os seguintes:

  • OUVIR
  • INFORMAR
  • APOIAR
  • ENVOLVER
Comunicar com Impacto
Usar a sua influência para obter resultados

 

Os nossos colaboradores (os nossos “clientes internos”) estão cada vez mais conhecedores, mais exigentes nos processos de Comunicação, com maior acesso a uma multiplicidade de “fontes” de informação. Os “velhos” Boletins já há muito que cederam o lugar a plataformas informativas e relacionais através das “Intranet´s” organizacionais – e aqueles que subsistem tiveram que se reformular profundamente para merecerem um mínimo de atenção ou “arrastam-se” como inutilidades ao persistirem em velhas fórmulas…

Compete aos departamentos RH estarem atentos aos novos paradigmas e abordarem os processos de Comunicação Interna numa lógica de “Employee Relationship Management”, isto é, conceberem processos de comunicação com os colaboradores considerando aquilo que os mobiliza, aspetos motivacionais, de alinhamento estratégico e de desenvolvimento pessoal na organização, etc, concebendo (ou desenvolvendo) novas ferramentas de interação com o universo em causa.

Um dos meios para concretizar estes princípios estratégicos será a criação de um “Portal do Colaborador”, que possa disponibilizar toda a informação relevante do DRH (normas, procedimentos, informação institucional), mas também congregar um conjunto de aplicações anteriormente dispersas ou noutros formatos (registo de presenças, recibos de vencimento, declarações de IRS, histórico de formação, etc).

Também as oportunidades de recrutamento interno, acesso a cursos e-Learning, criação de “comunidades” para troca de informações de equipas de projeto ou a disponibilização de um “help-desk” RH para esclarecimento de dúvidas, são outras possibilidades em aberto.

 

Uma boa comunicação com os colaboradores gera valor na (e para a) organização.

Permite alinhamento através da “construção” de uma identidade. Estimula a participação e o incremento de uma Cultura de Excelência. É por tudo isto (e não só) que as questões da Comunicação Interna não podem (eu diria mais: não DEVEM!...) passar ao “lado” dos profissionais de Recursos Humanos, sendo imperativo que integrem o leque de responsabilidades (ainda que partilhadas com outras áreas da organização) dos departamentos RH.

Escrito por

António Luís Lopes

  • Licenciatura – Sociologia – FCSH – Un. Nova de Lisboa
  • Pós Graduação – Gestão RH – INDEG / ISCTE

Experiência Profissional:
– 1987 – 1989 – Oficial da Reserva Naval na Marinha de Guerra Portuguesa;
– 1990 – Chefe do Serviço de Pessoal – Gráfica Europam / Publicações Europa-América – Mem Martins;
1990 – 2015 – Técnico – Gabinete de Estudos e Planeamento – Direção de Pessoal / CGD – Caixa Geral de Depósitos; Técnico – Gabinete de Recrutamento, Estágios e Formação; Coordenador de Gabinete – Unidade de Comunicação RH da Direção de Pessoal – CGD;
Atualmente – Assessoria Técnica / Suporte Corporativo (Área de Apoio à Administração) – CGD;
– Formador profissional em regime livre;
– Diversos artigos publicados sobre Comunicação Interna e Gestão RH em revistas da especialidade; orador convidado na 11ª Expo RH – Centro de Congressos do Estoril – Março 2012.

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