Gestão de crises: melhores práticas para os RH
O mundo está a viver momentos intensos, enfrentando uma situação que terá impactos na capacidade produtiva e potenciais efeitos nos sistemas sociais. Muitas organizações de saúde (a começar pela OMS) prepararam orientações para as empresas e as pessoas. Empresas complexas como as multinacionais, devido à sua exposição a vários territórios e culturas, estão a trabalhar no sentido de introduzir numerosas medidas de precaução, que dêem resposta a necessidades globais e locais.
Neste cenário, que medidas devem as empresas tomar para prevenir os riscos e gerir as crises, assegurando uma produtividade adequada?
Comunicação interna
A função RH tem, em primeiro lugar, a responsabilidade de promover uma comunicação interna eficaz, para divulgar decisões oficiais, orientações e conselhos propostos pelas instituições nacionais de saúde.
É importante terpresente a possível preocupação das pessoas e o risco concreto de propagação decomportamentos irracionais e/ou improdutivos. Trata-se, portanto, de aumentar asensibilização da população organizacional para os riscos, os comportamentosdesejáveis e as diferentes responsabilidades. Não basta simplesmente informarsobre as regras e procedimentos.
Comunicar bem éessencial, mas também é necessário preparar planos a longo prazo.
Planeamento a longo prazo
A preparação para uma crise exige que se considerem vários aspetos fundamentais. Muitos riscos são por vezes ignorados e/ou subestimados, o que pode trazer graves consequências, particularmente em situações em que a segurança dos trabalhadores está envolvida. As organizações nem sempre têm os conhecimentos necessários para identificar e precaver todos os riscos existentes. É necessário dedicar tempo e atenção para analisar todo o conhecimento científico existente, bem como realizar uma profunda analise dos riscos existentes em cada organização.
A elaboraçãoprévia de um plano de ação básico permitirá à gestão de topo concentrar-se naelaboração de uma estratégia de recuperação da empresa, com a garantia de quejá estruturou as ações necessárias para satisfazer as necessidades imediatasdos colaboradores.
Melhores práticas para uma gestão adequada da crise
Entre os elementos que devem ser considerados a fim de preparar uma correta gestão de crise destacamos:
- Preparar um plano de ação e um plano de
comunicação para chegar a todos colaboradores em tempos de crise, quando os
canais de comunicação normais e o acesso aos documentos podem não estar
disponíveis; - Organizar planos de contingência para
cumprir obrigações administrativas (garantindo que o processo core da empresa
se mantêm operacionais); - Verificar a disponibilidade local de
serviços de cuidados (tanto de saúde como sociais) para os trabalhadores; - Desenvolver um plano para responder a
eventos razoavelmente previstos, tais como eventos climáticos, emergências
sanitárias ou conflitos interpessoais no local de trabalho. É importante que os
trabalhadores saibam para onde se devem dirigir e o que fazer em cada situação
possível de emergência; - Proteção do capital intelectual e humano.
Não se trata apenas de segredos comerciais, se é que existem, mas também, e
sobretudo, da questão da retenção de know how interno. Uma crise mal gerida
conduz frequentemente a uma quebra na confiança dos trabalhadores na empresa e
pode conduzir a saídas imprevistas, bem como situações de emergência levam
também a novas formas de trabalhar e gerir a informação com impacto a nível da
segurança de dados, pelo que é necessário definir procedimentos para garantir e
proteger a propriedade intelectual e o acesso a informação.
Vivemos hoje uma emergência específica, uma crise de que não estávamos à espera, para a qual não estávamos preparados, mas que usemos este tempo e esta adaptação de forma a não só ultrapassarmos o que vivemos hoje, mas de forma a estarmos melhor preparados para tudo o que venha amanhã.
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