Liderança em tempos conturbados
Vivemos há dois anos com a pandemia COVID-19, com a máscara, com novas formas de viver, de trabalhar e de comunicar. Em todo o mundo, não só perdemos mais de cinco milhões de vidas, como fomos fustigados por uma crise económica à escala mundial. Este cenário de incerteza, transformou a realidade à nossa volta desgastando-nos física e emocionalmente.
Este stress prolongado trouxe danos invisíveis à saúde mental, tais como medo, fadiga, irritabilidade, angústia, ansiedade, insegurança, ameaça, depressão e nalguns casos mais críticos chegou ao burnout. Tal como um copo meio de água que nós pegamos facilmente numa mão, se se prolongar durante um período longo, começa a causar sofrimento no braço e desconforto pelo corpo todo. Também o stress vai corroendo a nossa saúde ao ponto de nos retirar qualidade de vida e bem-estar.
Começamos a assistir à redução de medidas de contenção da pandemia, por parte dos governos, mas longe de perspetivar um desfecho a curto prazo. Notamos que o isolamento, a perda ou afastamento de familiares, o distanciamento, a falta de contacto, a elevada exposição ao risco por parte dos profissionais de primeira linha, o teletrabalho, as restrições impostas, as constantes notícias e estatísticas da pandemia nos apartou do mundo e das nossas rotinas habituais, remetendo-nos para outro tipo de compensações e vícios.
No geral, sentimos uma insegurança e um cansaço generalizado na população ativa, o que leva a reações inusitadas, perante algumas situações. À natural inquietude da juventude, acresce a tristeza, a aceleração e a ansiedade, aumentando a vulnerabilidade às frustrações.
Mas e agora? O que vai mudar?
Esperava-se uma retoma da economia, lenta e paulatina, o que não se verificará, porque estourou uma guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Este conflito já provocou um impacto nas nossas vidas e esperemos que seja resolvido a curto prazo. No seio das nossas organizações, colocam-se inúmeros desafios, desde o aumento dos preços da energia, matéria-prima, falta de componentes, transações internacionais postas em causa, entre outros que nos destabilizam. A prioridade agora, perante este cenário, é cuidar dos nossos colaboradores, ajustar os novos regimes de trabalho (Presencial, Teletrabalho ou Híbrido), reforçar a comunicação interna, auscultar as pessoas, avaliar os riscos psicossociais, dar acompanhamento, Coaching ou de Mentoring, criar condições para garantir a segurança e bem-estar no seu local de trabalho, para que se sintam confiantes e seguros.
Esta é a oportunidade para aumentar o empenho e compromisso para com as empresas socialmente responsáveis, este é o momento para cuidar dos nossos talentos. Sejamos Líderes!
Este é o desafio que vos lanço, quem alinha?