Challenges and Changes
O que os nossos clientes não dizem, mas nós descobrimos!
O ser humano é único na forma como interage com o mundo, enquanto que as coisas apenas existem. Esta ideia ganha nova relevância sempre que há um avanço tecnológico.
Na primeira, procura-se reforçar a atratividade, quer na forma, quer na substância, privilegiando a componente prática. O momento da formação – direto (virtual ou presencial) – é bastante valorizado, de modo a permitir a partilha de experiências entre os participantes (aprendizagem experimental e ativa).
São as pessoas que continuam a ser o centro de tudo e é irredutivelmente com elas que a tecnologia pode evoluir. O Voice of our Customer´s 2023 mostrou-o de forma cabal. Em especial, nos desafios apontados e nos formatos preferidos - em matéria de formação – que sobressaíram neste estudo, baseado no inquérito que o Grupo Cegos fez a 17 empresas, suas grandes clientes, provenientes de cinco continentes e a operar em diversos setores de atividade.
E o que nos diz, afinal, este relatório sobre as modalidades de formação mais usadas e também sobre as principais dificuldades sentidas?
A articulação entre o híbrido e o presencial e a capacidade de tirar o melhor proveito da tecnologia são os denominadores comuns que atravessam as preferências nos formatos e os desafios da formação identificados pelos inquiridos do Voice of Our Customer´s 2023.
O equilíbrio perfeito entre o mundo digital e o espaço físico no processo de formação é o foco principal do primeiro dos seis formatos mais populares identificado pelos nossos clientes. (aprendizagem blended). Ao mesmo tempo, este aspeto é fundamental para dois dos seis desafios sinalizados pelos líderes das empresas parceiras do Grupo Cegos (criar estratégias de motivação e envolvimento para equipas híbridas e implicações do trabalho remoto e da adoção de tecnologias).
Tecnologia que, precisamente, é considerada fundamental para, pelo menos, quatro dos formatos de aprendizagem mais indicados: na aprendizagem baseada em vídeo; na experimental e ativa (vertente da gamificação), na via podcast e, finalmente, na já citada aprendizagem blended.
Já se nos cingirmos aos formatos, são notórias duas tendências emergentes na aprendizagem: o seu caráter ativo e experimental e a individualização do respetivo processo.
A segunda decorre, naturalmente, do modelo que se expandiu com a pandemia (híbrido) e da sofisticação tecnológica, mas também corresponde à maior aposta no individual/personalizado empreendida pelas organizações e pelos próprios profissionais, como é visível na aprendizagem autodirigida (com a redução de custos inerentes) e no coaching e programas de mentoria (em especial em cargos de liderança).
Sobre a (falsa) dicotomia que ainda marca algumas discussões, este relatório mostra que a maioria das empresas optou por uma abordagem mista/híbrida, não existindo uma escolha clara da formação digital ou presencial.
Por fim, em relação aos principais desafios que os clientes do Grupo Cegos enfrentam e que não estão diretamente relacionados com os seus formatos de formação preferidos, as respostas apontam para três “clássicos”: limitações orçamentais; dificuldades no recrutamento e no processo de integração e problemas internos de escalabilidade. Além disso, um quarto desafio reflete as mudanças recentes na sociedade, marcadas pela redução de barreiras etárias e geográficas, mas também pela necessidade contínua de adaptar-se: a criação de uma cultura de aprendizagem contínua e a gestão de diferenças culturais e geracionais.
O Voice of Our Customer´s 2023 – Challenges and Changes é um excelente barómetro sobre como empresas já de alguma envergadura encaram a formação. Ouvir quem está diariamente no terreno permite identificar tendências, o que ajuda a refletir sobre as melhores estratégias a adotar e, consequentemente, a não ser passivo em relação ao curso dos acontecimentos. Recomendo a leitura!