Afinal o que é Resiliência?
Afinal o que é Resiliência?
Sabia que há mais de 200 anos que a palavra resiliência existe?
- Desde que Thomas Young (1807) a aplicou à física dos materiais: procurava a relação entre a força que era aplicada num corpo e a deformação que esta força produzia.
A aplicação do conceito de resiliência ao comportamento humano apenas existe há cerca de 50 anos, a partir dos estudos de Werner e Smith[1] com 698 crianças Havaianas. As psicólogas acompanharam as circunstâncias das suas vidas, desde o nascimento até aos 40 anos.
- 497 nasceram e cresceram saudáveis e em condições de segurança;
- 201 estiveram expostas a fatores de risco (negligência, violência, pobreza extrema);
- 129 enveredaram pela delinquência, tiveram dificuldades de aprendizagem e manifestaram diversos problemas de ordem afetivo-emocional;
- 72 crianças desembaraçaram-se do peso dos antecedentes e alcançaram sucesso escolar, autoconfiança e maturidade pessoal, relações afetivas estáveis, participação social ativa.
[1] Werner, Emmy E. e Smith, Ruth S., “Kauai’s children come of age” (1977) e “Journeys from childhood to midlife” (2001)
Luis Rojas Marcos[1] refere que a resiliência nos seres humanos é “um atributo natural e universal de sobrevivência composto por ingredientes biológicos, psicológicos e sociais. Estes dividem-se em dois grupos (…)”
- (…)Pilares da resiliência:
- “são fatores globais, que fazem parte da personalidade” e do sistema de crenças e valores de cada pessoa;
- “são independentes da natureza da adversidade”
- (…)”Mecanismos protetores específicos:
- são ativados na pessoa em consequência da situação concreta de stresse ou de um acontecimento potencialmente traumático”.
A interação produzida pelos elementos dos 2 grupos descritos vai influenciar a forma como cada pessoa se adapta, resiste e recupera das situações adversas.
[1] Marcos, Luis Rojas “Superar a adversidade” (2010)
Entre as características e talentos pessoais que podem ser considerados pilares de resiliência, citam-se a seguir os que têm maior relevância prática[1]:
- Autoestima elevada;
- Autovalorização; talentos ou concretizações pelos quais o próprio se autovaloriza e/ou é valorizado por outros;
- Aptidões cognitivas e de comunicação;
- Capacidade de sociabilidade e estabelecimento de vínculos afetivos;
- Estabelecimento de compromissos com base em expectativas claras, positivas, estimulantes e adaptadas;
- Flexibilidade de adaptação às mudanças;
- Iniciativa e criatividade para resolver situações adversas;
- Acreditar que as situações difíceis podem ser um desafio, que se pode aprender com elas e ficar mais forte;
- Bom sentido de humor;
- Identificar e utilizar fatores de proteção;
- Ter um projecto de vida.
Sabia que todos somos resilientes em algum grau? (umas pessoas mais do que outras!)
Todas as pessoas têm pilares de resiliência que já usaram em situações passadas e que ainda funcionam - e podem descobrir novos pilares mais adaptados a circunstâncias futuras!
Por isso acreditamos que a resiliência pode ser desenvolvida!
- através do aumento da nossa autoconsciência e autoconhecimento;
- com a partilha de experiências e de formas de agir perante adversidades, dificuldades e desafios.
A resiliência também se aplica à forma como lidamos com as oportunidades!
[1] Excerto de Oliveira, Alina “Resiliência para Principiantes” (2010)
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Sabia que há mais de 200 anos que a palavra resiliência existe?
- Desde que Thomas Young (1807) a aplicou à física dos materiais: procurava a relação entre a força que era aplicada num corpo e a deformação que esta força produzia.
A aplicação do conceito de resiliência ao comportamento humano apenas existe há cerca de 50 anos, a partir dos estudos de Werner e Smith[1] com 698 crianças Havaianas. As psicólogas acompanharam as circunstâncias das suas vidas, desde o nascimento até aos 40 anos.
- 497 nasceram e cresceram saudáveis e em condições de segurança;
- 201 estiveram expostas a fatores de risco (negligência, violência, pobreza extrema);
- 129 enveredaram pela delinquência, tiveram dificuldades de aprendizagem e manifestaram diversos problemas de ordem afetivo-emocional;
- 72 crianças desembaraçaram-se do peso dos antecedentes e alcançaram sucesso escolar, autoconfiança e maturidade pessoal, relações afetivas estáveis, participação social ativa.
[1] Werner, Emmy E. e Smith, Ruth S., “Kauai’s children come of age” (1977) e “Journeys from childhood to midlife” (2001)
Luis Rojas Marcos[1] refere que a resiliência nos seres humanos é “um atributo natural e universal de sobrevivência composto por ingredientes biológicos, psicológicos e sociais. Estes dividem-se em dois grupos (…)”
- (…)Pilares da resiliência:
- “são fatores globais, que fazem parte da personalidade” e do sistema de crenças e valores de cada pessoa;
- “são independentes da natureza da adversidade”
- (…)”Mecanismos protetores específicos:
- são ativados na pessoa em consequência da situação concreta de stresse ou de um acontecimento potencialmente traumático”.
A interação produzida pelos elementos dos 2 grupos descritos vai influenciar a forma como cada pessoa se adapta, resiste e recupera das situações adversas.
[1] Marcos, Luis Rojas “Superar a adversidade” (2010)
Entre as características e talentos pessoais que podem ser considerados pilares de resiliência, citam-se a seguir os que têm maior relevância prática[1]:
- Autoestima elevada;
- Autovalorização; talentos ou concretizações pelos quais o próprio se autovaloriza e/ou é valorizado por outros;
- Aptidões cognitivas e de comunicação;
- Capacidade de sociabilidade e estabelecimento de vínculos afetivos;
- Estabelecimento de compromissos com base em expectativas claras, positivas, estimulantes e adaptadas;
- Flexibilidade de adaptação às mudanças;
- Iniciativa e criatividade para resolver situações adversas;
- Acreditar que as situações difíceis podem ser um desafio, que se pode aprender com elas e ficar mais forte;
- Bom sentido de humor;
- Identificar e utilizar fatores de proteção;
- Ter um projecto de vida.
Sabia que todos somos resilientes em algum grau? (umas pessoas mais do que outras!)
Todas as pessoas têm pilares de resiliência que já usaram em situações passadas e que ainda funcionam - e podem descobrir novos pilares mais adaptados a circunstâncias futuras!
Por isso acreditamos que a resiliência pode ser desenvolvida!
- através do aumento da nossa autoconsciência e autoconhecimento;
- com a partilha de experiências e de formas de agir perante adversidades, dificuldades e desafios.
A resiliência também se aplica à forma como lidamos com as oportunidades!
[1] Excerto de Oliveira, Alina “Resiliência para Principiantes” (2010)