A gestão da Felicidade

Alina OliveiraConsultora, Formadora e Coach
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Atualmente, a gestão está claramente focada na obtenção de resultados líquidos a curto e a médio prazo. Raras e louváveis são as empresas com estrutura financeira para pensar o negócio a longo prazo. Ora, esta premissa de curto prazo acarreta uma estratégia nem sempre ética, sustentável e socialmente responsável – levando as pessoas que fazem parte do capital humano das organizações a defraudarem as suas expectativas ou a simplesmente desistir do compromisso assumido no início da relação laboral, desvinculando-se efetivamente ou emocionalmente das suas obrigações profissionais. Soluções?

 

A gestão pessoal e profissional da Felicidade, começa sempre para cada um de nós, cabe-nos fazer escolhas conscientes e procurar contextos familiares e laborais onde os nossos valores, princípios e visão se alinhem e se sintam ecológicos e confortáveis. Temos que nos sentir felizes, onde quer que estejamos, e essa força interior advém do bem-estar geral vivido em nosso redor. E nem sempre devemos esperar por sair da zona de conforto, criticar, sofrer, adoecer, sem nada fazer para alterar o panorama. Há que ter coragem para seguir em frente, sem medos, mas sempre com o risco calculado.

 

Organização eficaz do trabalho

 

A Felicidade é algo que está acessível a todos, aliás, está dentro de nós e da forma como perspetivamos a nossa vida.

A Felicidade é um estado emocional, que liberta 4 hormonas (substâncias químicas naturais geradas pelo nosso corpo) geralmente definidas como o Quarteto da Felicidade:

 

Serotonina + Endorfina + Dopamina + Oxitocina = FELICIDADE

Será que é possível ativar esta fórmula mágica?

 

Sim, a nossa atitude de desapego, em relação aos bens materiais e a constante gratidão por tudo o que de bom temos na vida, podem ser só o ponto de partida nesta maratona que é a busca da felicidade. Depois, adotar um estilo de vida saudável, cuidando da alimentação, fazendo exercício físico, ser otimista e rir (tudo isto liberta endorfinas, serotonina e dopamina).

Compensar os níveis de stress, criando pausas regulares durante o dia e durante o ano, para repor a nossa qualidade de vida. O stress, segundo os últimos estudos na Universidade de Londres*, não é o culpado das nossas doenças, mas sim a falta de foco, de atenção e a falta de descanso em número de horas de sono suficientes. O multitasking é arrasador do ponto de vista humano e do rigor da eficácia profissional.

Estamos a corromper o horário de trabalho com consultas às redes sociais, às mensagens e às conversas online, desconcentrando a nossa atenção, inúmeras vezes por dia. E por incrível que pareça!!!, quando estamos num período de fim de semana, folga ou férias, boicotamos o nosso merecido descanso com consultas constantes à caixa de correio profissional, ao computador de trabalho, para concluir qualquer tema supostamente urgente… e nem trabalhamos e nem relaxamos!

 

Tornou-se moda, manter-se muito ocupado, mas deixem-me revelar um segredo: a ultima tendência está mais enfocada no Mindfullness, no Slow, no Flow e no desfrutar da vida.

 

Mindfulness: “alinhar” corpo, mente e emoções para enfrentar novos contextos

 

Nos tempos livres,é importante dedicar-se a atividades que nos trazem prazer, tais como: apanharsol, entranhar-se na natureza, ouvir música, enriquecer o conhecimento e anossa pessoa através da leitura, criar inspiração em grandes entidades, daaprendizagem de novos cursos e de novas viagens.

O importante para nós e o mais gratificante, é GRATUITO: a família, os amigos, os afetos, os sorrisos, os abraços, o toque, a companhia, a presença física, o ouvir, o conversar, o contemplar, o dar, o voluntariado, o cuidado, a partilha e o convívio saudável.

É ser GRATO por estar aqui e agora comigo a partilhar este artigo, que eu espero que sirva de inspiração para a Gestão da sua FELICIDADE!

 

*Estudo realizado em 2013 por Alia Crum (PhD), aluna de Ellen Langer (PhD), Professora na Universidade de Harvard.

Escrito por

Alina Oliveira

Autora do livro “ Resiliência para Principiantes” – ed. Sílabo, 2010.Sou formadora e consultora nas áreas da gestão e liderança de equipas, resiliência, comunicação e gestão de conflitos, gestão do tempo, resolução de problemas, relações cliente/fornecedor.Um dos temas que mais me apaixona é a Resiliência, o que me levou a escrever um livro sobre essa temática: “Resiliência para Principiantes”.
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